eu...e mai nada!

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sexta-feira, setembro 30, 2005

Mais um dia...

Mais um dia que passa... Mais uma vez lá tenho que ir apanhar o metro. Linha azul, entrada no Colégio-Militar/Luz, saída no Marquês. Como tantos outros.
Acordo fora d'horas. Eu até ponho o despertador cedo, mas aqueles últimos 10 minutos a rebolar de um lado pro outro... sabem tããããããããão bem! Parece que dormimos quase 12 horas de seguida, sem pensar em nada.
Mas na verdade, eu até gosto de ir trabalhar. Pelo menos, não fico em casa, a olhar para ontem, a olhar o mundo lá fora da minha janela.
Em casa sinto-me segura. É bom estar em casa. Mas é melhor estar lá fora, onde estão todos e tudo. É incerto, mas é bom. É bom ir à descoberta. É bom ir de encontro ao desconhecido, à aventura, ao inesperado. Não sei explicar porquê, mas é bom. É jogo do gato e do rato. Ora eu procuro, ora o mundo se esconde. É que se fosse tudo dado de mão beijada, sem haver um pequeno esforço, uma pequena ânsia, uma luta diminuta, qual era o gozo de obtermos as coisas?...
Disse um dia Malcom X: "I have a dream!." Pois bem, eu também tenho um sonho. Um sonho no qual tu entras, a sorrir, com uma vontade de me ter e de me acordar todos os dias, cedo, para podermos estar os dois na ronha, aqueles últimos dez minutos (lembras-te?!), a rebolar de um lado para o outro... Excepto no fim-de-semana... Um sonho no qual viajamos, sem destino... Andamos à deriva, para parte incerta.
Não sei para onde vamos... Mas queres vir comigo?

quarta-feira, setembro 28, 2005

Nirvana Errante

Nirvana, nirvana, nirvana,
porque foges tu de mim?
Nirvana, nirvana, nirvana,
porque me tomas e embriagas assim?

Nirvana, roubas-me a noite.
Nirvana, roubas-me o dia.
Nirvana, absorves-me toda.
Nirvana, deixas-me vazia.

Nirvana, verdade
que me come de saudade.
Nirvana, pura ilusão.
Nirvana, que trazes tu na mão?

Vagueam em todas as bocas
as ideias que te guiam. Errantes.
Vagueam como loucas
na boca de todos os amantes.

NessieBessie

terça-feira, setembro 27, 2005

Recado para um Rui

De que vale dizer-te amo-te,
se não sou correspondida?
De que vale mandar-te flores,
se elas murcham logo a seguir?
De que valeram as longas noites acordadas
se...
Lamentos que não param.
Risos que se prendem na garganta
e a fazem em nós.
Alegrias que não me vêm visitar.
Aqui. Sozinha.
Rodeada de gente mas tão sozinha.
A saudade é minha eterna vizinha.
Ando à deriva por aqui e por ali,
esperando que me pegues na mão e me leves.
Para onde?
Não tenho a certeza de quem sou.
Não tenho a certeza de nada.
Se me acontecer alguma coisa,
peço-te que não chores por mim.
Só quero sentir-me orgulhosa
de, um dia,
ter tido a chance de te ter tido
bem a meu lado,
com o teu rosto colado ao meu.
Há coisas que nunca vão morrer.
O meu amor por ti é uma delas.


(Quem sabe se, um dia, não nos juntamos outra vez e olhamos, saudosos, para este momento em que o tempo parou. O tempo que nenhum de nós imaginou...)

Shana S.
96-6-26