eu...e mai nada!

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terça-feira, outubro 25, 2005

IMMORTALITY

I've got a story to be told,
that no one really knows how old.
Ancient sayings.
Forgiven prayings.
Strange meanings.
Long distance seeings.
I've been trying to...
I don't know what the hell
have I been tryin' all these years.
Wasting away precious time,
gaining more stupidity
than the one I had before.
Ain't it strange?
So I thought it was.
Once one sung:
"I've got sunshine on a cloudy day..."
How could he?
Was it today?
What did he try to say?
We're running around
like bees to a cloud.
Gee, I wrote something
with no meaning at all (for a change).
Ain't it strange?
So I think it is.
Little baby blue houses
with burning white picket fences.
People waving and smiling at you
as you pass them by.
You have a soft feeling to kill
each and everyone of them.
Heart by heart.
Soul by soul.
You want to tear each and everyone
until there is nothing left.
Why do you keep doing this
to the ones that haven't laied a finger on you?
I can see you've never tasted
the sweet smell of defeat.
So, why won't you take my hand
and let me take you on a journey
you will never forget, forget, forget, forget...
I'm the IMMORTALITY!!!!

96-2-7

Simplesmente Amor

Amor.
Letras soltas.
Palavra triste.
Contexto descontente.
Sentimento amargo.
Sabor envolvente.
Ligação dormente.
Ele vem e tira-nos tudo.
Mas dá-nos infinitudes.
Deixa-nos ambiciosos,
temendo a próxima palavra.
Tira-nos a vontade própria.
Domina-nos por completo.
Leva-nos o ai seguinte.
Os suspiros apagam-se.
As incertezas surgem.
Os medos nascem.
As lágrimas caem.
Quando este fogo se apaga,
a vida acaba.

95-9-13

(...)

Procuro a loucura,
a noite divina.
Escuto as criaturas
que perpetuamente se balançam
na surdez notivaga.
Faço o que bem entendo.
Ninguém me impede.
Aqui, sou livre.
Aqui, sou eu.
Da minha janela para fora
só observo atrocidades.
Da minha vida, nada guardo.
Audácias tremendas
que me consomem a cada segundo.
Assassínos da vida
mutilam os meus sonhos.
Procurados vivos ou mortos.
Sorrio sacanamente
para caírem na minha mão.
Assim que estiverem onde os quero,
não tenho piedade:
faço o que tenho a fazer,
sem olhar a meios,
só a fins.
Aí, liberto os meus fantasmas.
Aí, sou eu.

95-7-21

terça-feira, outubro 18, 2005

Eu tive essa sorte!

Bem sei que nem sempre faço aquilo que devo, ora porque parece mal, ora porque não estou para aí virada. Bem sei que nem sempre faço aquilo que devo, porque nem sempre me apetece ir na corrente... Às vezes apetece-me remar contra a maré. Pura e simplesmente porque sim! Dizem que é defeito, eu digo que é feitio! E Mai Nada!
Mas ele há dias em que me ponho a pensar: por que será que, às vezes, me apetece mandar tudo para o espaço? Porque fico farta de tentar agradar aos outros primeiro. Porque, às vezes, me apetecia fazer o que me apetece sem pensar nas consequências... Há quem chame isto de loucura, eu apelido de sanidade mental ao mais alto nível...
Claro que fazer practicamente tudo à flor da pele tem as suas consequências... Houve quem me chamasse de insensivel, afastada, impertinente, orgulhosa... Mas quem já se deu ao trabalho de me conhecer sabe bem que não sou assim... Bem sei que « perfeição» não é meu apelido mas, afinal de contas, quem é que é perfeito? - NINGUÉM!!! Mas os meus amigos, que eu sei bem quem são e eles/elas sabem bem quem são, já viram para além desta máscara que fui construindo ao longo dos anos... Deram-me nas orelhas quando cometi asneiras, espernearam comigo, deram-me os ombros quando precisei de chorar e aquela palavra que é capaz de transformar a lágrima teimosa em sorriso estupidamente feliz (remember MixBix?)... É muito dificil encontrar um amor incondicional, mas eu sei que o tenho, em forma de amigos que, embora estejam longe, estão perto... Eu tive essa sorte!

quinta-feira, outubro 13, 2005

(...)

Nas lágrimas de uma criança,
vejo uma vivência reflectida.
É um raio de esperança.
TALVEZ a nossa vida.

96-10-4

Realidade Sonhada

Quis, um dia, sacudir de cima de mim
a poeira de eterna saudade,
para te ter, quando o dia chegar ao fim,
num mar de efémera liberdade.

Resta-me agora a sombra de um olhar,
a espera de um abraço, o querer de um beijo.
Resta-me, agora, conseguir calar,
a voz refundida deste desejo.

Não sei se ouves o que há tanto te quero dizer,
pois isso só o tempo o dirá.
Se nunca formos amantes, prefiro morrer,
já que o meu corpo o teu nunca terá.


Nessie Bessie
99-05-12

Royal Straight Flush

A noite avançava já subtilmente e ele bebia mais um golo do seu copo de Porto, colheita de 76. Na mesa estava um jogo de poker fechado. Cada um via as cartas que lhe couberam, mas só ele as deixava de naipe virado para baixo, sem sequer pegar nelas. Um ou outro dos que estavam na mesa a jogar lá iam pedindo duas ou três cartas para substituir a desgraça que tinham entre mãos, mas só ele as deixava de naipe virado para baixo. Nunca, em momento algum, pegou nas cartas para, ao menos, ver o que lhe havia saído em sorte. Viraram-se as ditas e eis que ele tinha «apenas» um Royal Straight Flush. Mas, no meio de tanta confusão de põe carta, tira carta, ele olha para mim com uns olhos de cortar a respiração de qualquer mulher e diz baixinho, murmurando entre os lábios: " Este jogo é para ti!"


Nessie Bessie
6/Jan/2000

quarta-feira, outubro 05, 2005

Vida anterior de uma puta de amanhã

Chora a mãe
pelo filho que perdeu.
Corta a mão
pela dôr que a vida lhe deu.
Fuma mais um cigarro
para apagar as memórias.
Retalhos de uma vida desgraçada.
Bizarras histórias.
Recordação que fora apagada.
Enrola mais um charro
que a trouxe para esta vida.
Vida de quem recusou viver.
Deixa que a usem.
Deixa que dela abusem.
Começou a beber.
A beber cada vez mais.
Afundava-se nos lençóis
enquanto os homens se satisfaziam.
Satisfaziam com aquela alguém
que não tinha ninguém.
Chorava e soluçava enquanto eles se divertiam.
Sua vontade absurda
era ser a Lua.
Lá em cima, brilharia reluzente e nua.
Nua em cada rua,
não escurecia o que era seu.
Lá em cima, reluzente, brilharia no céu.
Mas era dura a realidade
para esta puta de tão tenra idade,
que não sabia do seu anjo protector.
Por trás da máscara desta vida,
ele ergueu o seu grande amor.
Amor por uma puta, ironia da vida.
E foiassim que morreu,
infeliz, mas desejada.
E foi assim que morreu,
sem saber que fora amada.

Shana S.
96-4-15

terça-feira, outubro 04, 2005

Se fosse o que é para ser

Se o meu amante imortal aparecesse,
a meu lado, chorando, rindo no meu sonho....
Pétalas do seu amor,
amor que ainda não colhi.
Sua vida imortal.
Vida que ainda não vivi.
O grito do lobo armadilhado.
O uivo da lua brilhante.
O beijo que ficou por ser dado.
A voz do meu amante.

Lexis Sousa
96-5-24